A Radiologia Intervencionista tem se tornado uma solução cada vez mais relevante no diagnóstico e tratamento de diversas condições. Na oncologia, a especialidade oferece diversas possibilidades – entre elas o tratamento por quimioembolização para tumores de fígado.
Trata-se de um método minimamente invasivo, utilizado para casos de câncer primário do fígado (carcinoma hepatocelular ou hepatocarcinoma), câncer de via biliar (colangiocarcinoma) ou decorrente de alguns tipo de metástases.
Como é feita a quimioembolização no fígado?
O procedimento é uma junção da embolização com a quimioterapia intra-arterial, a diferença está nas indicações médicas para cada caso e os medicamentos utilizados.
“Enquanto na embolização são injetados materiais sintéticos para ocluir o vaso, na quimioembolização além de ocluir os vasos é feita também a administração de medicação quimioterápica diretamente na artéria que nutre o tumor. O tumor para de receber alimento e reduz de tamanho”, acrescenta o Dr. Francisco Júnior médico especialista em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia.
A quimioembolização de tumores de fígado geralmente é realizada sob anestesia local ou sedação. Após a aplicação de contraste para melhor visualização dos vasos, um cateter é inserido pela virilha e guiado por exames de imagem até alcançar a artéria hepática que alimenta o tumor, e então as medicações são injetadas diretamente nessa artéria.
Ao bloquear o fluxo sanguíneo da região, as células tumorais são impedidas de receber os nutrientes e oxigênio necessários para crescer e se multiplicar, dessa forma reduzindo o seu tamanho, além de também ajudar a matar as células cancerosas restantes.
No fim o cateter é removido e o furinho na artéria da perna é fechado apenas com um curativo compressivo, sem a necessidade de pontos. Após algumas horas em observação, o paciente já pode receber alta.
Confira no vídeo um pouco do procedimento:
A quimioembolização é indicada apenas para tumor de fígado?
A quimioembolização é uma técnica que pode ser combinada com outros tratamentos, como cirurgia e radioterapia, além de também ser eficaz para tratar outros tipos de cânceres, que começam fora do fígado e depois cursam com metástases para esse órgão.
“Entre os principais tipos de câncer metastáticos para o fígado e que podem ser tratados com quimioembolização, destaco os tumores neuroendócrinos, sarcomas, metástases de cólon, entre outros. Idealmente todos os pacientes submetidos a esse tratamento devem ser avaliados por um especialista em Radiologia Intervencionista, que em conjunto com um o médico responsável irão decidir a melhor estratégia para o caso,” comenta o Dr. Francisco Júnior.
Procedimentos intervencionistas oferecem riscos?
Como qualquer procedimento médico, a quimioembolização de tumores de fígado tem seus riscos. Entretanto, as complicações são raras e facilmente manejadas, como sangramentos, dor, febre e infecção.
“Prezamos por um futuro minimamente invasivo em que técnicas como a quimioembolização de tumores de fígado possam continuar evoluindo para proporcionar cada vez mais conforto e qualidade de vida a todos que necessitam,” conclui o especialista.
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