A neoplasia de rim representa 3% dos cânceres em adultos. Com o avanço tecnológico da medicina, o câncer de rim tem sido cada vez mais diagnosticado e, felizmente, na maioria das vezes em um estadio precoce. O diagnóstico é feito através de exames de tomografia e ressonância magnética e, posteriormente, com uma biópsia percutânea. Em relação ao tratamento, este depende do tamanho do tumor, localização e da presença ou não de doenças associadas. As técnicas existentes resumem-se a tratamento cirúrgicos convencionais e tratamentos ablativos percutâneos.
Ablação de tumor é um procedimento realizado com a finalidade de promover a destruição de um tumor (benigno ou geralmente maligno), por meio de uma agulha inserida pela pele do paciente. Essa agulha é ligada a um aparelho que pode gerar ondas de calor (ablação por radiofrequência ou micro-ondas) ou então liberar gases que congelam o tecido (crioablação). Estes aparelhos proporcionam a cauterização do nódulo, com consequente destruição das células tumorais. Após o procedimento o nódulo sofre necrose (morte celular) e fica inativo no corpo, não sendo necessária cirurgias para retirá-lo.
É um procedimento rotineiramente realizado pela via percutânea, executado por um médico especialista em Radiologia Intervencionista. Trata-se de uma técnica minimamente invasiva, ou seja, sem necessidade de cortes.
O procedimento dura em torno de 2 a 4 horas e, portanto, costuma-se utilizar a anestesia geral para um melhor conforto do paciente. Para poder realizar o procedimento com segurança o médico Radiologista Intervencionista utiliza métodos de imagem que orientam a precisa localização da lesão, incluindo ultrassonografia e tomografia.
A ablação de rim comumente está indicada para tumores malignos dos rins, também conhecidos como Carcinoma de Células Renais. De forma menos comum, pacientes com nódulos benignos (angiomiolipomas) que apresentem sintomas também podem ser submetidos a este procedimento. A indicação terapêutica da técnica de ablação deve ser realizada por um conjunto de médicos, de forma multidisciplinar, costumeiramente envolvendo um médico Radiologista Intervencionista e um médico Urologista.
A ablação percutânea de tumor de rim é geralmente indicada para pacientes que apresentam uma ou mais das seguintes condições:
Todos os procedimentos médicos contemplam riscos. Entretanto, quando comparados às técnicas convencionais cirúrgicas, os métodos intervencionistas comumente apresentam menores índices de complicações, podendo ser utilizados em pacientes idosos e com comorbidades cardiovasculares, pulmonares, hepáticas e renais. Na grande maioria das vezes, os pacientes submetidos à uma ablação percutânea já podem voltar a suas atividades habituais no dia seguinte ao procedimento.
Dos riscos possíveis, os principais são sangramento durante e após o procedimento, infecções e dor no local. Complicações graves são muito raras.