Ablação de tumor é um procedimento realizado com a finalidade de promover a destruição de um tumor (benigno ou geralmente maligno), por meio de uma agulha inserida pela pele do paciente. Essa agulha é ligada a um aparelho que pode gerar ondas de calor (ablação por radiofrequência ou micro-ondas) ou então liberar gases que congelam o tecido (crioablação). Estes aparelhos proporcionam a cauterização do nódulo, com consequente destruição das células tumorais. Após o procedimento o nódulo sofre necrose (morte celular) e fica inativo no corpo, não sendo necessário cirurgia para retirá-lo.
O procedimento de ablação hepática pode ser realizado por via percutânea, laparoscópica ou cirúrgica aberta. A primeira opção é a escolha preferencial, pois trata-se de um procedimento minimamente invasivo, sem necessidade de cortes, realizada por um médico especialista em Radiologia Intervencionista.
O procedimento dura em torno de 2 a 4 horas e, portanto, costuma-se utilizar a anestesia geral para um melhor conforto do paciente. Para poder realizar o procedimento com segurança, o médico Radiologista Intervencionista utiliza métodos de imagem que orientam a precisa localização da lesão, como a ultrassonografia e a tomografia.
A ablação hepática está indicada para tumores malignos primários do fígado (hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular) e para alguns tipos de tumores malignos secundários (ex: metástases de cólon, mama, entre outros.).
A indicação terapêutica da técnica de ablação deve ser realizada por um conjunto de médicos, de forma multidisciplinar, costumeiramente envolvendo um médico Radiologista Intervencionista, um médico Oncologista e um Cirugião Hepático.
A ablação hepática percutânea é normalmente indicada em pacientes que apresentam uma ou mais das seguintes condições:
Todos os procedimentos médicos contemplam riscos. Entretanto, quando comparados às técnicas convencionais cirúrgicas, os métodos intervencionistas comumente apresentam menores índices de complicações, podendo ser utilizados em pacientes idosos e com comorbidades cardiovasculares, pulmonares, hepáticas e renais. Na grande maioria das vezes, os pacientes submetidos a uma ablação percutânea já podem voltar a suas atividades habituais no dia seguinte ao procedimento. Dos riscos possíveis, os principais são de sangramento durante e após o procedimento, infecções e dor no local.