O sistema urinário é composto por rins, ureteres, bexiga e uretra, que trabalham juntos para remover os resíduos e excesso de líquidos do corpo, assim mantendo o equilíbrio adequado. No entanto, algumas complicações podem causar disfunção desse sistema, ocasionando a hidronefrose.
A hidronefrose é uma condição em que a urina não consegue fluir normalmente do rim para a bexiga, de forma que ela fica acumulada nos rins, causando dilatação, danos ao órgão e, se não tratada, pode evoluir para perda definitiva das funções do sistema urinário.
Como identificar os sinais da hidronefrose?
Segundo o médico intervencionista, Dr. Rafael Dahmer, os sintomas da hidronefrose podem variar dependendo da gravidade da condição e do tempo de desenvolvimento. “Quando a hidronefrose se instala lentamente, a maioria dos pacientes está assintomática e descobre a alteração por acaso em exame de sangue ou ultrassom, enquanto em outras situações mais agudas pode apresentar dor na região lombar, náuseas e vômitos”.
Ao perceber essas alterações, é essencial buscar avaliação médica para obter o diagnóstico precoce e prevenir danos renais permanentes, entre outras complicações graves. As principais causas dessa obstrução ou estreitamento do canal são:
- Cálculos renais;
- Infecções do trato urinário;
- Tumores;
- Anomalias congênitas;
- Gravidez.
O diagnóstico exato é determinado através da investigação com exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que permitem que o médico visualize o rim dilatado e determine a gravidade e causa do problema.
Tratamentos para hidronefrose
O tratamento da hidronefrose será determinado a partir da causa e da gravidade da condição, podendo variar entre o uso de medicação para reduzir a inflamação, tratamentos cirúrgicos ou os procedimentos minimamente invasivos.
“No momento do diagnóstico, o principal objetivo do tratamento é evitar complicações, como infecção (sepse) e insuficiência renal”, comenta Dr. Rafael. As técnicas intervencionistas de tratamentos para a hidronefrose, como a nefrostomia ou o implante de cateter duplo J apresentam resultados excelentes e com baixo risco de complicações. A nefrostomia tem como objetivo eliminar a urina produzida nos rins para uma bolsa coletora que fica na parte externa do corpo. Para isso, com auxílio de exames de imagem, o médico radiologista intervencionista realiza a inserção de um pequeno canudinho (cateter) diretamente no rim para drenar a urina e aliviar a pressão no sistema urinário.
Já no implante de cateter duplo J, o canudinho ficará totalmente dentro do corpo, conectando o rim até a bexiga, mantendo a urina em seu trajeto habitual.
O nome “duplo J” foi dado devido ao formato do canudinho (cateter) conforme ilustrado abaixo.
Ambas técnicas podem ser feitas com anestesia local ou sedação, e o tempo de permanência do cateter é bastante variável, podendo permanecer de dias a meses, dependendo do objetivo pelo qual foi inserido.
“Embora essas técnicas possam ajudar a aliviar os sintomas da hidronefrose, é muito importante detectar o que causou esse problema, permitindo assim um tratamento definitivo sempre que possível”, conclui Dr. Rafael.
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