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O que é o carcinoma hepatocelular? Conheça os seus sintomas e fatores de risco

Diversas doenças podem acometer o corpo humano, entre elas, uma muito popular e complexa: o câncer, condição caracterizada pela mutação nos genes de uma célula que a faz se multiplicar desordenadamente. A doença pode surgir ou se espalhar para diferentes partes do corpo e apresentar diversos tipos e subtipos – cada um com suas características e desafios específicos, como o caso do carcinoma hepatocelular (CHC).

Trata-se de um tipo agressivo de câncer que afeta o fígado, órgão responsável por diversas funções essenciais no nosso corpo, como a produção da bile e o metabolismo de nutrientes. 

Quando um tumor acomete esse órgão, ele pode interferir em seu funcionamento normal e causar uma série de sintomas, aumentando o risco de complicações graves.

 

Quais os tipos de câncer de fígado?

carcinoma hepatocelular

Os principais tipos de câncer primário de fígado são o carcinoma hepatocelular (também chamado de hepatocarcinoma), o colangiocarcinoma e o carcinoma fibrolamelar. Além desses, as lesões neoplásicas secundárias, isto é, relacionadas a neoplasias em outros locais do corpo e que disseminam para o fígado, são os tumores hepáticos malignos mais frequentes.

O carcinoma hepatocelular é um câncer primário (que começa no próprio órgão), originado a partir das células hepáticas, também conhecidas como hepatócitos. É o tipo mais comum, e representa cerca de 80% dos casos de câncer primário de fígado, segundo o Instituto Nacional de Câncer – INCA.

Por ser o mais frequente e, infelizmente, apresentar características agressivas e altos índices de morbimortalidade, é o tipo que gera mais dúvidas entre os pacientes. Por isso resolvemos trazer alguns pontos importantes sobre o carcinoma hepatocelular para explicar a vocês.

O colangiocarcinoma é originado nos ductos biliares, responsáveis por transportar a bile do fígado para a vesícula biliar e o intestino delgado. Esse tipo é menos frequente, correspondendo a menos de 10% dos carcinomas hepáticos. Seus fatores de risco principais são inflamações crônicas dos ductos biliares, seja por infecções, cálculos ou doenças auto-imunes, como a cirrose biliar primária e colangite esclerosante.

Ainda falando dos tipos raros, também é importante mencionar o carcinoma fibrolamelar, um tipo diferente, que não está associado a doenças hepáticas crônicas e pode acometer pacientes mais jovens.

 

Quais os fatores de risco do carcinoma hepatocelular?

Apesar das chances nem sempre serem altas, a doença pode acometer qualquer pessoa, porém é muito mais frequente em indivíduos que têm fatores de risco como:

  • Cirrose hepática;
  • Hepatite crônica B ou C;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Acúmulo de gordura no fígado, conhecido como esteatose hepática
  • Obesidade / síndrome metabólica associada ou não à diabetes mellitus
  • Ingestão frequente de alimentos contaminados por aflatoxina (substância produzida por certas cepas de fungos Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus);
  • Histórico familiar da doença.
 

Nesses casos é essencial que seja mantido uma rotina de exames preventivos para garantir  o diagnóstico precoce e aumentar as chances de sucesso do tratamento e expectativa de vida do paciente. 

Indivíduos que apresentam algum dos fatores de risco descritos acima, e principalmente os pacientes com cirrose hepática e/ou que tenham hepatite crônica B ou C devem realizar exames de rastreio com ultrassonografia e dosagem de alfafetoproteína a cada 6 meses. 

É importante salientar que nos últimos anos houve um aumento do número de casos de carcinoma hepatocelular relacionados a obesidade e doença hepática gordurosa não alcoólica, devido ao aumento da prevalência de obesidade na população mundial.

 

Quais os sintomas do carcinoma hepatocelular em estágio avançado?

carcinoma hepatocelular

Quando falamos de câncer, na maioria das vezes o grande problema é que a princípio a doença é silenciosa, até que esteja em estágio avançado – o que torna o diagnóstico mais difícil. Normalmente quando os sintomas surgem, os mais comuns relacionados ao CHC incluem: 

  • Dor abdominal;
  • Sensação de inchaço ou peso na região do fígado;
  • Perda de apetite;
  • Perda de peso;
  • Fadiga;
  • Aumento abdominal com acúmulo de líquido na barriga (chamado de ascite)
  • Icterícia (amarelamento da pele).
 

Em estágios iniciais ainda podemos contar com tratamentos curativos minimamente invasivos que prolongam a vida desses pacientes. Porém, à medida que o tumor cresce, os sintomas podem piorar e ficar cada vez mais graves e desconfortáveis, complicando também os tratamentos. 

Além disso, um tumor no fígado pode se espalhar para outras partes do corpo, incluindo os pulmões, adrenais, ossos, entre outros. Isso pode causar sintomas adicionais, dependendo da localização e extensão da metástase.

O diagnóstico precoce do CHC permite que o tratamento seja

iniciado antes dos sintomas se agravarem, aumentando assim as chances de sucesso e reduzindo o risco de complicações. 

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