Síndrome Carcinoide
A síndrome carcinoide é caracterizada pelo conjunto de sintomas resultantes da liberação na corrente sanguínea de mediadores neuroendócrinos (substâncias como a serotonina, principalmente) pelos chamados tumores carcinoides.
Estes tumores são considerados raros e ocorrem com maior frequência no trato gastrointestinal, sendo relativamente mais comum em mulheres do que nos pacientes homens, especialmente na faixa entre os 50 e 60 anos de idade. A síndrome carcinoide, por sua vez, é ainda mais rara, ocorrendo em menos de 10% dos pacientes com tumores carcinoides.


O que causa o Tumor Carcinóide?
Na maioria dos casos, a síndrome é observada após a disseminação do tumor para outros órgãos. Um dos principais sintomas é o rubor característico na cabeça e no pescoço, que resulta da dilatação dos vasos sanguíneos. Esta condição pode ser despertada pelo consumo de álcool, estresse ou exercícios físicos intensos.
Sintomas
- Rubor na cabeça, pescoço, parte superior do tórax
- Diarreia
- Dor abdominal
- Náusea/Vômitos
- Alterações cardíacas
Diagnóstico
A síndrome carcinoide típica pode ser diagnosticada com o exame de urina pela dosagem de ácido 5-hidroxiindolacético (5-HIAA), que resulta do metabolismo da serotonina, quando encontrado em níveis elevados. Exames de imagem também pode ser realizados para a localização dos tumores carcinoides, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.
Outra possibilidade para localizar o tumor, quando os demais exames de imagem não conseguem detectá-lo, se dá por meio do exame PET/DOT. Este procedimento faz uso de uma medicação radioativa de baixa dose para identificar a lesão e sua eventual disseminação para outros órgãos.
Além dos métodos de imagem supracitados, a biópsia percutânea também pode ser indicada se persistirem dúvidas diagnósticas.
Tratamento
As medidas terapêuticas para a síndrome carcinoide podem começar pelo tratamento não farmacológico, como na adoção de novos hábitos que evitem o desencadeamento do rumor, a exemplo do consumo de álcool e das atividades físicas intensas. Medicamentos análogos da somatostatina, como o octreoide, podem ser indicados no controle de alguns sintomas.
Se o tumor carcinoide estiver localizado em um ponto específico, como no apêndice, intestino delgado ou pulmões, a remoção cirúrgica pode ser uma opção viável.
Quimioembolização hepática
A técnica da quimioembolização hepática também favorece o tratamento dos pacientes cujo tumor já tenha se disseminado para o fígado. Trata-se de um procedimento minimamente invasivo, realizado por um médico Radiologista Intervencionista, que introduz medicamentos quimioterápicos no interior do tumor ao mesmo tempo que interrompe o fornecimento de sangue dos vasos que nutrem os mesmos. Saiba mais sobre este procedimento aqui.