O câncer é uma doença popularmente conhecida, porém, alguns tipos de tumores não são tão comentados assim, entre eles o osteoma osteoide, um tipo de neoplasia óssea rara e benigna, mais comum em pacientes jovens.
“Apesar de ser um tipo benigno, em muitos casos a condição pode prejudicar a qualidade de vida do paciente. Felizmente podemos contar com técnicas eficazes, como a ablação por radiofrequência, que apresenta resultados satisfatórios no tratamento do alívio da dor e restauração da mobilidade”, afirma o Dr. Octavio Galvão, médico especialista em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia.
Antes de entendermos mais sobre esse procedimento, primeiro é importante nos familiarizarmos melhor com a doença, suas causas, sintomas e quando o tratamento é indicado. Continue acompanhando!
O que é osteoma osteoide e como diagnosticá-lo?
Trata-se de um tumor ósseo benigno que provoca dor intensa, principalmente no período noturno. A dor também pode vir acompanhada de inchaço localizado, rigidez e dificuldade em movimentar a articulação próxima ao tumor. Em casos raros, o tumor pode crescer e causar deformidade óssea ou fratura, no entanto, o risco de transformação maligna é muito baixo.
A condição pode se desenvolver em qualquer osso do corpo, porém a localização exata do tumor pode afetar o tipo de sintomas que um paciente apresenta e a abordagem de tratamento mais adequada.
O diagnóstico do osteoma osteoide começa com a avaliação dos sintomas do paciente e seu histórico médico completo. Durante a consulta pode ser realizado um exame físico para detectar a presença de dor e inflamação na área fisiológica; além disso, o médico também irá solicitar testes de imagem para confirmar o diagnóstico.
Os exames de imagem são essenciais para o diagnóstico do osteoma osteoide, entre os mais comuns podemos citar a radiografia, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). Através dos resultados desses exames podemos avaliar as características da lesão e detalhes da área de aumento da densidade óssea para confirmar seu diagnóstico.
“Em casos atípicos, o médico também pode solicitar a biópsia de uma pequena amostra de tecido do tumor para ser examinada em um laboratório e assim poder confirmar o diagnóstico de osteoma osteoide, porém esse procedimento é menos frequente”, acrescenta o Dr. Octavio Galvão.
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Quando o tratamento é indicado?
Nem todos os casos de osteoma osteoide precisam de tratamento. A doença é autolimitada e tumores pequenos podem regredir espontaneamente, no entanto, casos que apresentam sintomas prolongados, como dor crônica e limitação de movimento, requerem intervenção terapêutica.
O tratamento adequado vai depender de fatores individuais, como o tamanho do tumor, localização e gravidade, além da idade e saúde geral do paciente. Geralmente, medicamentos de uso em longo prazo nem sempre são eficazes, sendo necessário recorrer à remoção ou destruição do tumor para obter alívio sintomático.
Uma das principais indicações de tratamento cirúrgico é a ablação por radiofrequência, procedimento minimamente invasivo que visa melhorar os sintomas e devolver a qualidade de vida ao paciente.
Como é feito o procedimento de ablação para osteoma osteoide?
A técnica de ablação por radiofrequência tem o objetivo de destruir o tecido através de uma fonte de calor de alta frequência aplicada diretamente no tumor.
Para isso, o médico intervencionista utiliza exames de imagem como a ultrassonografia ou a tomografia computadorizada para localizar o tumor com precisão, e então é inserida uma agulha bem fina sob a pele do paciente até alcançar a região afetada, para que o eletrodo passado através da agulha possa aquecer o tecido e destruí-lo.
O procedimento é realizado com anestesia local ou sedação para que os riscos de complicações sejam ainda menores, e não há necessidade de internação prolongada.
Confira o vídeo e entenda mais sobre como é realizado o procedimento:
Quais os benefícios da ablação?
Em geral, a ablação é um tratamento seguro e eficaz para o tratamento do osteoma osteoide. Depois que o tumor é destruído, a dor é reduzida, devolvendo a qualidade de vida ao paciente em pouco tempo, além de também oferecer outros benefícios em comparação com os métodos convencionais, entre eles:
- Menor tempo de recuperação: possibilita aos pacientes um retorno mais rápido às atividades normais.
- Menor risco de complicações: por não ser necessária a realização de grandes incisões, os riscos de sangramento excessivo, infecção ou danos aos tecidos circundantes são altamente menores.
- Alta taxa de sucesso: o procedimento apresenta uma redução significativa ou completa da dor logo após a cirurgia.
- Preservação do tecido ósseo: fator especialmente importante em pacientes jovens, cujos ossos ainda estão em desenvolvimento.
“É importante ressaltar que como em qualquer procedimento cirúrgico, é essencial que sejam discutidos todos os riscos e benefícios específicos antes de decidir sobre um tratamento.” aponta o Dr. Octavio Galvão. A medicina intervencionista segue em evolução para proporcionar mais qualidade de vida através de abordagens seguras e eficazes. Continue acompanhando o Portal Dica Médica para saber mais sobre outros procedimentos e siga-nos também pelo Instagram e Facebook. Conte com a gente!