Cuidados Paliativos no SUS: Uma Nova Abordagem Humanizada

O Ministério da Saúde do Brasil lançou recentemente uma política inovadora no Sistema Único de Saúde (SUS) focada em cuidados paliativos. Esta nova estratégia visa proporcionar uma abordagem mais humanizada para pacientes, familiares e cuidadores, garantindo uma melhor qualidade de vida para aqueles que enfrentam doenças graves, crônicas ou em estágio terminal. Com a expectativa de habilitar 1,3 mil equipes e um investimento anual de R$ 887 milhões, essa política promete transformar o cenário dos cuidados paliativos no país.

cuidados paliativos no sus

O Que São Cuidados Paliativos?

Cuidados paliativos são uma abordagem multidisciplinar que visa melhorar a qualidade de vida de pacientes que enfrentam doenças graves, crônicas ou em fase terminal. Esses cuidados focam no alívio da dor, controle de sintomas e suporte emocional, tanto para os pacientes quanto para suas famílias. Estima-se que no Brasil, cerca de 625 mil pessoas necessitam desse tipo de atenção.

Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP)

A Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP) é uma iniciativa inédita que busca oferecer uma assistência mais humanizada e equitativa em todo o território nacional. Anteriormente, esses serviços estavam concentrados principalmente nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, deixando o Norte e Nordeste com uma significativa carência. A nova política propõe três eixos principais:

  1. Criação de Equipes Multiprofissionais: Essas equipes serão responsáveis por disseminar essas práticas entre outras equipes da rede de saúde.
  2. Promoção de Informação e Educação: A política inclui a capacitação contínua de profissionais de saúde em cuidados paliativos.
  3. Acesso a Medicamentos e Insumos: Garantia de que os pacientes tenham acesso aos medicamentos e insumos necessários.
 

Do total de 1,3 mil equipes previstas, essas equipes serão formadas por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, e poderão incluir outros profissionais de saúde, como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, dentistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos e nutricionistas. Além disso, equipes especializadas em pediatria serão criadas para atender crianças que necessitam de cuidados paliativos.

A implementação das equipes será feita de forma a cobrir todo o território nacional. A cada 500 mil habitantes de uma mesma macrorregião de saúde será composta uma equipe matricial, enquanto uma equipe assistencial será designada para cada 400 leitos do SUS habilitados. 

As equipes estarão presentes em diversos pontos da rede de saúde, incluindo hospitais, ambulatórios, serviços de atenção domiciliar e atenção primária. O objetivo é que essas equipes atuem de forma integrada, auxiliando e capacitando outras equipes de saúde a oferecerem cuidados paliativos de maneira eficaz e humanizada.

 

Investimento e Sustentabilidade

Com um investimento previsto de R$ 887 milhões por ano, a PNCP representa um compromisso significativo do governo brasileiro com a melhoria dos cuidados paliativos. Esse investimento será essencial para a capacitação contínua das equipes, a aquisição de medicamentos e insumos necessários e a promoção de uma rede de cuidados integrada e eficiente.

Na coletiva de lançamento da PNCP, realizada em Brasília, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância da nova política. “Será uma política em que vai trabalhar governo federal, estados e municípios e o grande desafio será estruturá-la em benefício de todas as pessoas e valorizando também as equipes dedicadas a essa função. O sofrimento, a dor, os momentos terminais de uma doença desafiam muito a todos nós que estamos no campo da saúde. Por isso, essa política é tão importante”, afirmou Nísia.

 

Conclusão

A Política Nacional de Cuidados Paliativos no SUS representa um avanço significativo na humanização dos serviços de saúde no Brasil. Com a criação de equipes especializadas, promoção de educação continuada e garantia de acesso a medicamentos e insumos, essa política promete melhorar significativamente a qualidade de vida de milhares de brasileiros que enfrentam doenças graves. A implementação bem-sucedida dessa política dependerá da colaboração entre governo federal, estados e municípios, além do comprometimento contínuo com a capacitação e valorização dos profissionais de saúde envolvidos.

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