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Embolização esplênica para tratamento de hiperesplenismo

O baço é um órgão do corpo que possui como uma de suas funções a regulação dos níveis das plaquetas sanguíneas. Em algumas situações, como por exemplo quando ele está muito aumentado ou então com aumento exagerado de seu funcionamento, o paciente pode vir a apresentar riscos elevados de sangramento. Isto ocorre principalmente quando os níveis de plaquetas encontram-se menores do que 50.000 mm³.

Quando está indicada uma embolização esplênica?

Em pacientes oncológicos, vários tipos de terapias quimioterápicas apresentam como efeito colateral a lise (morte) de boa parte das plaquetas atuantes na corrente sanguínea. Nos casos em que o paciente possui uma hiperfunção do baço e for realizar quimioterapia, o médico Oncologista poderá requerer que o Radiologista Intervencionista realize o procedimento de Embolização esplênica.

Como é realizado o procedimento de embolização?

A Embolização esplênica é realizada durante um procedimento de arteriografia, também conhecido como “cateterismo”. Trata-se de um procedimento moderno, com utilização de recursos tecnológicos que permitem que a técnica seja realizada com apenas um pequeno furinho na virilha ou no punho, utilizando-se na grande maioria das vezes apenas anestesia local ou uma leve sedação.

Um pequeno cateter é introduzido por meio desse furinho, de forma indolor, e a partir desse cateter um outro cateter milimétrico é posicionado no interior das artérias do baço. Nos locais almejados, o médico Radiologista Intervencionista realiza a injeção de materiais sintéticos (ex: microesferas de gelatina) até ocasionar a interrupção do fluxo sanguíneo para uma parte do órgão. Como consequência, haverá uma redução controlada do tamanho do órgão e de sua funcionalidade, permitindo que aumente o número de plaquetas. Ao final do procedimento retiram-se os cateteres e é feito um curativo no local do furinho. Os pacientes submetidos à embolização costumam ficar internados em média por 12-24 horas no hospital.

Existem riscos relacionados a esse tipo de procedimento?

Todo procedimento médico contempla alguns riscos. Entretanto, de modo geral, os métodos intervencionistas são aqueles que apresentam os menores índices de complicações. Dos riscos possíveis, os principais são observados no local da punção na virilha ou no punho, como por exemplo dor e hematoma. Alguns efeitos colaterais sistêmicos são esperados em cerca de 40% dos pacientes, conhecido como Síndrome Pós Embolização, na qual podem ocorrer náuseas, dor na região tratada e febre no primeiro dia pós-procedimento. Complicações graves são raras e os médicos do Dica Médica tomam todo o cuidado para a prevenção e tratamento destas possíveis complicações, realizando os procedimento sempre em ambiente seguro, com técnicas reconhecidas por literaturas científicas.

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