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Carcinoma hepatocelular: como é feito o diagnóstico do CHC?

O carcinoma hepatocelular (CHC) é um tipo de câncer que se desenvolve nas células do fígado. Por se tratar de uma doença a princípio silenciosa, pode ser difícil realizar o diagnóstico do CHC nos estágios iniciais. É através dos exames preventivos e com investigação por métodos de diagnóstico por imagem que conseguimos identificar os sinais da doença e iniciar o tratamento adequado o quanto antes. 

“Felizmente hoje podemos contar com métodos eficazes para o diagnóstico do CHC, incluindo exames de imagem e biópsias”, explica Dr. Igor Lorensini, médico Radiologista Intervencionista e Angiorradiologista.

 

Como é feito o diagnóstico do CHC ?

Geralmente quando há suspeita de um tumor de fígado o paciente primeiramente consulta um médico hepatologista, que poderá solicitar alguns exames investigativos. Os exames de imagem são a principal ferramenta para o diagnóstico, entre os mais comuns a ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). Outro exame bastante importante é a dosagem da alfa-fetoproteína no sangue, que é um marcador que pode estar elevado em boa parte dos carcinomas hepatocelulares.

diagnóstico do CHC

A ultrassonografia abdominal é geralmente o primeiro exame realizado, por ser um método barato e de fácil acesso. Nódulos maiores do que 1 cm costumam ser visualizados na maioria das vezes nesse exame.

A tomografia e a ressonância magnética são exames mais acurados, que podem identificar nódulos menores e também avaliar a extensão do tumor. Esses exames, diferentemente do ultrassom, necessitam que seja administrado um contraste (medicamento) na veia do paciente, que no caso da tomografia é um material à base de iodo e na ressonância à base de gadolíneo.

Para auxiliar na detecção e caracterização de nódulos hepáticos, foi padronizado um sistema para classificar as lesões, com base em exames de imagem e na probabilidade de malignidade. O LIRADS (Liver Imaging Reporting and Data System) é baseado em uma combinação de achados de imagem como: forma, margens, composição e realce da lesão. As categorias variam de 1 (definitivamente benigno) a 5 (definitivamente maligno). 

“Quando o carcinoma hepatocelular é típico, ou seja, LIRADS 5, o exame de tomografia ou  ressonância já costumam ser suficientes para confirmar o diagnóstico. Entretanto, em situações duvidosas pode ser necessário uma biópsia percutânea, realizada pelo médico radiologista intervencionista”, acrescenta, Dr. Igor Lorensini.

Com o diagnóstico do CHC confirmado, um manejo com equipe multidisciplinar de especialistas é recomendada, incluindo hepatologistas, oncologistas, cirurgiões e radiologistas intervencionistas, que juntos com o paciente vão determinar a melhor conduta. Além disso, para cada paciente pode ser indicado um tipo de tratamento diferente, sendo que um dos principais critérios avaliados é o estadiamento do câncer. Você sabe do que se trata?

 

O que é “estadiamento do câncer”?

Estadiamento é um processo importante de ser feito após a confirmação do diagnóstico de câncer para poder determinar a progressão da doença e suas características como origem, localização e possível extensão no corpo, ajudando os médicos a decidirem sobre as melhores possibilidades de tratamento e a sobrevida estimada.

Quando falamos do carcinoma hepatocelular existe um estadiamento específico mundialmente utilizado, chamado de BCLC (Barcelona Clinic Liver Cancer).

Esse sistema leva em consideração questões importantes como:

  • O grau de disfunção hepática;
  • Estado funcional do paciente
  • O tamanho e número de nódulos hepáticos;
  • Invasão vascular;
  • Presença de metástases.

 

O estadiamento BCLC apresenta cinco estágios, cada um com suas próprias características clínicas:

Estágio 0: pacientes em estágio inicial com apenas um tumor pequeno (menor que 2cm)
Estágio A: pacientes ainda em estágio inicial com tumores menores de 3,0 cm. Esses pacientes têm a função hepática preservada e, geralmente, não apresentam sintomas. Quando apresentam, são poucos.
Estágio B: pacientes em estágio intermediário com tumores um pouco maiores ou múltiplos, porém ainda sem a presença de invasão vascular.
Estágio C: estágio avançado com tumores múltiplos e invasão vascular ou metástase em outros órgãos. Geralmente apresentam cirrose e sintomas avançados. 
Estágio D: pacientes em estágio terminal com falência hepática. Esses pacientes recebem tratamento paliativo com o objetivo de controlar os sintomas.

“É importante lembrar que o sistema de estadiamento BCLC é apenas uma das muitas ferramentas disponíveis para avaliar o câncer de fígado. A escolha do tratamento adequado dependerá de diversos fatores individuais que devem ser considerados pelos profissionais responsáveis”, afirma Dr. Igor Lorensini. 

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