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A história da Radiologia Intervencionista​

A Radiologia Intervencionista é uma especialidade médica que utiliza técnicas de imagem para guiar procedimentos minimamente invasivos no tratamento de diversas condições. 

Essa área tem evoluído significativamente ao longo das décadas, trazendo avanços notáveis na medicina moderna. Vamos explorar a história da radiologia intervencionista, desde suas origens até os dias atuais.

A Invenção do Raio-X

A história da radiologia intervencionista começa com a descoberta dos raios-X por Wilhelm Conrad Roentgen em 1895.

Essa descoberta revolucionou a medicina, permitindo a visualização do interior do corpo humano sem a necessidade de cirurgia.

Os raios-X rapidamente se tornaram uma ferramenta indispensável para diagnóstico.

Wilhelm Conrad Roentgen

Os Primeiros Procedimentos Guiados por Imagem

Nos anos seguintes à descoberta dos raios-X, médicos começaram a explorar formas de usar essa tecnologia para guiar procedimentos terapêuticos. 

Em 1929, o cirurgião alemão Werner Forssmann realizou o primeiro cateterismo cardíaco, inserindo um cateter em sua própria veia para chegar ao coração. Essa foi uma das primeiras demonstrações de como a imagem poderia ser utilizada para guiar procedimentos minimamente invasivos.

Imagem do primeiro Raio-x em 1895

A Evolução da Radiologia Intervencionista

Na década de 1950, a angiografia teve início, onde se permitiu visualizar os vasos sanguíneos injetando-se contraste nas veias e realizando raio-x.

Sven-Ivar Seldinger, um radiologista sueco, desenvolveu a técnica de Seldinger em 1953, que permitiu a inserção segura de cateteres nos vasos sanguíneos. Essa técnica é ainda amplamente utilizada hoje e foi um marco na evolução da radiologia intervencionista.

Colocação de Cateter em Radiologia Intervencionista: Procedimento e Cuidados
Técnica de Seldinger

A década de 1970 marcou o início dos procedimentos terapêuticos guiados por imagem.

Charles Dotter, frequentemente referido como o “pai da radiologia intervencionista“, realizou o primeiro procedimento de angioplastia em 1964, usando um cateter para abrir uma artéria bloqueada na perna de um paciente. Esse procedimento foi um precursor das angioplastias coronarianas que se tornaram comuns nas décadas seguintes.

Charles Dotter e ao lado a foto da primeira angioplastia

Expansão das Técnicas

Nas décadas de 1980 e 1990, a radiologia intervencionista continuou a crescer, com o desenvolvimento de novas técnicas e a expansão das aplicações terapêuticas.

A introdução da tomografia computadorizada (TC) e da ressonância magnética (RM) na radiologia intervencionista trouxe precisão ainda maior aos procedimentos. A era digital permitiu imagens mais claras e detalhadas, melhorando o planejamento e a execução dos procedimentos intervencionistas.

Radiologia Intervencionista no Brasil

A radiologia intervencionista começou a ganhar destaque no Brasil nas décadas de 1970 e 1980, com a introdução de técnicas como angiografia e cateterismo. Hospitais universitários e grandes centros médicos em São Paulo e Rio de Janeiro foram pioneiros na adoção dessas novas tecnologias.

Durante as décadas de 1990 e 2000, a especialidade se consolidou com a criação de sociedades médicas e programas de formação específicos. A Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SOBRICE) foi fundada em 1997, promovendo a educação e o desenvolvimento profissional na área.

Conclusão

A Radiologia Intervencionista tem uma história rica e dinâmica, marcada por inovações contínuas e avanços tecnológicos.

Desde as primeiras descobertas dos raios-X até os procedimentos minimamente invasivos de hoje, essa especialidade transformou a forma como muitas condições médicas são tratadas.

Com o progresso contínuo da tecnologia, o futuro da radiologia intervencionista promete ainda mais avanços, oferecendo esperança e melhores resultados para os pacientes em todo o mundo.

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