Ninguém quer sentir dor, isso é fato. O tema, inclusive, foi abordado em uma série documental que estreou no fim de 2022 no Globoplay, chamada Dor, que traz relatos de pessoas sobre como é conviver com ela – muitas vezes de forma intensa – e os desafios dessa jornada no dia a dia. A boa notícia para o paciente nessa situação é que ele pode contar a radiologia intervencionista para o tratamento da dor crônica, com técnicas seguras e minimamente invasivas, como é o caso dos tratamentos por radiofrequência.
Integrando a medicina da dor, os tratamentos por radiofrequência são considerados modernos, eficientes e, muitas vezes, a melhor alternativa para quem já buscou outros caminhos e não teve sucesso, incluindo medicamentos. De acordo com a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), apesar dos estudos serem limitados no Brasil, em geral, a média da população brasileira que se queixa ou sofre de dor é de cerca de 30%.
Como funciona o tratamento por radiofrequência?
É relativamente simples: uma corrente elétrica alternada de alta frequência é aplicada a um nervo por meio de um eletrodo, que é acoplado a uma agulha inserida cuidadosamente na pele do paciente. A ideia é causar uma lesão no nervo responsável por transmitir a sensação de dor, pois isso irá interromper esse processo.
“O tratamento da dor crônica por radiofrequência é indicado para diversas condições, como dor lombar crônica, neuralgia do trigêmeo, artrose de quadril e joelho, entre outras”, afirmam o Dr. Bruno e Dr. Vinícius, médicos especialistas em Medicina Intervencionista da Dor.
Tratamento da dor crônica: tipos de radiofrequência
Há alguns subtipos de radiofrequência (confira a seguir). Vale ressaltar que, independentemente do tipo, sempre é o médico radiologista intervencionista que conduz o procedimento, o qual é guiado por imagem, com auxílio do raio-x ou ultrassom, proporcionando precisão, segurança e evitando riscos de lesões.
Radiofrequência Convencional: emite uma corrente elétrica de alta frequência (500 mil Hz) que percorre por um cabo até a agulha. Com isso, é possível “queimar” o nervo, impedindo que ele envie sinais de dor ao cérebro;
Radiofrequência Pulsátil (ou “Pulsada”): a principal diferença em relação à convencional é como a onda é emitida. Neste caso, a corrente vai em pulsos com intervalos definidos, evitando que o nervo queime. É indicada para estruturas nervosas responsáveis por impulsos sensitivos e pela atividade motora de músculos. Com isso, não há comprometimento da mobilidade do paciente;
Radiofrequência Resfriada: consiste no gotejamento de soro com íons na ponta da sonda que amplia em até oito vezes o volume de calor produzido. Dessa forma, é possível obter melhores resultados em nervos anatomicamente variados e de tamanho maior.
Anestesia e recuperação
O tratamento para dor crônica por radiofrequência na maioria das vezes não necessita de anestesia geral. O procedimento, por ser minimamente invasivo, é feito com anestesia local e sedação.
“Geralmente não há nem necessidade de internação, já que é um procedimento rápido e praticamente sem contraindicações. De qualquer forma, somente o médico poderá avaliar qual será o preparo do paciente, levando em conta seu histórico de saúde. Além disso, a dor crônica pode envolver técnicas e profissionais de diferentes áreas, sendo necessárias outras medidas para que o resultado seja alcançado”, concluem os Drs. Bruno e Vinícius.
Se você sofre com alguma dor crônica, converse com o seu médico. Ele vai avaliar seu histórico e analisar se o tratamento da dor por radiofrequência é indicado para o seu caso. Para te ajudar a ter mais qualidade de vida, além do tratamento correto, é fundamental estar bem informado.
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