Hemoptise é o termo médico para quadros de tosse com presença de sangue na expectoração. Ao se deparar com o sangue, essa situação pode ser assustadora para o paciente, que normalmente busca ajuda médica o mais rápido possível – uma vez que pode indicar algo grave.
A hemoptise pode ocorrer quando há sangramento em locais como a glote, vias respiratórias ou alvéolos pulmonares, e pode indicar a presença de alguma alteração ou doença subjacente. As causas mais comuns de hemoptise incluem:
- Infecções respiratórias (pneumonia e bronquite)
- Bronquiectasias
- Tuberculose
- Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
- Câncer de pulmão
- Doenças reumatológicas
- Traumas torácicos
- Embolia pulmonar
- Hipertensão pulmonar
- Vasculites pulmonares
- Alterações vasculares como aneurismas, malformações arteriovenosas ou fístulas
- Coagulopatias
“A avaliação precoce e o tratamento adequado são fundamentais para garantir a segurança do paciente e minimizar o risco de complicações”, afirma o Dr. Eduardo Medronha, médico especialista em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia.
Como é feito o diagnóstico da hemoptise?
Para determinar a causa, o médico irá avaliar a gravidade do caso e poderá solicitar exames de imagem como raios X, tomografia computadorizada e exames de sangue para avaliar os níveis de coagulação e outras possíveis infecções. Outro exame bastante indicado é a broncoscopia – técnica que permite ao médico visualizar com uma câmera as vias respiratórias e coletar parte do tecido para análise. O procedimento envolve a inserção de um tubo fino e flexível através da boca ou nariz, passando pela traqueia e pelos brônquios até chegar aos pulmões.
Trata-se de um procedimento relativamente seguro e eficaz para diagnosticar a causa da hemoptise, além de auxiliar no tratamento de diversas doenças respiratórias.
Quais os tratamentos disponíveis para hemoptise?
O tratamento adequado depende da causa e da gravidade dos sintomas. A hemoptise é uma condição muitas vezes autolimitada, e o sangue pode parar de surgir em pouco tempo. Nesses casos que não apresentam grandes complicações, pode ser indicado o tratamento clínico com repouso, hidratação e uso de medicamentos para controlar a tosse e a dor.
Porém, em casos persistentes, a prioridade é estabilizar o quadro do paciente para que ele respire com segurança e a intervenção adequada possa ser indicada.
Entre as possibilidades de tratamento temos a cirurgia para a remoção da parte do pulmão que está causando o problema, ou então, uma alternativa mais moderna e eficaz para o controle da hemoptise é a embolização por radiologia intervencionista, um procedimento minimamente invasivo que visa interromper o sangramento.
Como é feita a embolização por radiologia intervencionista?
Feito por meio sedação leve ou anestesia local, o médico Radiologista Intervencionista realiza exames de cateterismo, ou seja, são obtidas imagens em tempo real das artérias que nutrem os pulmões, conhecidas como artérias brônquicas, que são as mais frequentemente acometidas em pacientes com hemoptise.
Ao detectar o problema, um cateter milimétrico é posicionado no interior dessas artérias doentes e, na sequência, o médico injetar substâncias para bloquear o fluxo de sangue nesse local. “É como se estivéssemos entupindo e fechando um buraco de mangueira que está vazando”, explica Dr Eduardo.
O tratamento apresenta ótimos resultados e oferece rápida recuperação por não realizar grandes incisões. “Porém, não é sempre que a embolização por radiointervenção é a melhor opção. Geralmente esse procedimento é reservado para casos de hemoptise grave que não respondem a outros tratamentos ou que não são candidatos à cirurgia”, acrescenta o Dr. Eduardo.
É importante que todas as opções de tratamento sejam discutidas com o médico responsável para que o paciente compreenda o seu quadro e as particularidades do seu caso.
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