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Benefícios da Medicina Intervencionista durante a pandemia

Estamos passando por um período muito delicado na história da humanidade. Uma pandemia que está impactando a vida de todos e preocupando os governantes. O coronavírus se espalha rapidamente e cria uma situação inusitada, a possibilidade do colapso do sistema de saúde por todo o mundo.

Devido à rápida propagação da infecção e à grande quantidade de pacientes que podem apresentar quadros graves, há a preocupação de que os hospitais dos locais acometidos fiquem lotados e os governantes tentam aumentar a capacidade da rede de saúde montando hospitais provisórios para atender a grande demanda. Outro receio é a falta de materiais básicos e de proteção. A possibilidade do adoecimento das equipes de saúde pode gerar um prejuízo extra ao atendimento. A alta demanda por determinados profissionais como intensivistas e anestesiologistas já é uma realidade e as equipes encontram-se sobrecarregadas e com projeções não animadoras.

A Medicina Intervencionista, por objetivar a realização dos procedimentos cirúrgicos de forma menos invasiva possível, apresenta um benefício ainda maior durante a pandemia. O procedimento minimamente invasivo, obviamente, causa menor dano tecidual ao organismo e o paciente é submetido a menor tempo operatório, gerando assim, menor resposta inflamatória e não sobrecarregando o sistema imunológico do paciente.  Os procedimentos são realizados com utilização de agulhas e cateteres, não necessitando de cortes ou suturas, o que favorece a utilização de anestesia local, poupando o médico anestesista já sobrecarregado neste momento.

Devido a estas características de menor tempo de procedimento e utilização de anestesia local, muitos pacientes são submetidos à intervenção e são liberados para casa no mesmo dia, não necessitando de internação hospitalar ou ocupando leitos desnecessariamente. Os pacientes que já se encontram hospitalizados também têm o benefício de uma alta hospitalar precoce quando comparado aos métodos cirúrgicos convencionais. Por último, a redução do custo hospitalar também é um fator de alto impacto, tanto para o sistema público quanto à saúde suplementar.

Muitos dos problemas resolvidos pela Medicina Intervencionista não podem esperar até o fim da pandemia. A realização de biópsias em pacientes com suspeita de câncer, por exemplo, é um procedimento que se não for realizado em tempo hábil pode custar a chance de cura do paciente. Ainda para pacientes com câncer, não se pode abrir mão de procedimentos como ablações ou embolização de tumores, o que influencia diretamente o curso da doença. 

Pacientes com quadros infecciosos graves não raramente necessitam de drenagens para retirada do material infeccioso, o que é decisivo para a sua rápida recuperação. Quadros dolorosos de diversas origens podem ser controlados com procedimentos minimamente invasivos, melhorando a qualidade de vida e reduzindo a utilização de anti-inflamatórios e opioides. Pacientes com aneurismas, sangramentos ou acidente vascular cerebral necessitam ser tratados o mais rápido possível, visando reduzir o dano e salvar vidas.

Apesar de não ser, ainda, tão conhecida pelo público em geral, a Medicina Intervencionista vem se tornando ao longo dos anos uma especialidade fundamental para o bom funcionamento das instituições hospitalares de todo o mundo.

A abordagem inovadora e assertiva em situações clínicas diversas faz desta especialidade peça fundamental na promoção da saúde e deve ser ainda mais explorada neste momento da pandemia. 

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